Por definição, clichê, palavra de origem francesa, refere-se a uma expressão de linguagem que produz efeito contrário no observador, devido ao seu uso excessivo. Logo, a situação torna-se tão familiar ao destinatário que causa uma desagradável sensação de ludibriação. O elemento surpresa é simplesmente perdido, deixando o espectador ao invés de desarmado, refém da previsibilidade.
Neste A Hora do Rush 3, nada escapa da previsibilidade. Direção, roteiro, fotografia, montagem, atuação, e trilha sonora caminham junto para deixar qualquer um ansioso. Ansioso para que a sessão acabe logo.
Brett Ratner não faz simplesmente nada para fugir do lugar comum que são as comédias protagonizadas por policiais. Todas as cenas são simplesmente iguais à qualquer outra besteira produzida pelo gênero, inclusive os filmes anteriores da franquia.
O roteiro ainda nos presenteia com situações insuportavelmente constrangedoras, como a cena em que a pequena oriental pede para a dupla de policiais, em prantos contidos, que eles prometam que irão deter o cruel vilão antes que este faça mais vítimas.
Se antes, pelo menos as lutas coreografadas de Jackie Chan eram, de certa forma, um espetáculo a parte, a sua avançada idade não confere mais ao simpático, porém péssimo ator, a agilidade de antes. E o Chris Tucker consegue repetir o papel que fez em toda a sua filmografia, sem mudar nenhum de seus trejeitos. É o pobre futuro da maioria dos comediantes negros na indústria do cinema.
No mais, ainda não entendi as pontas do veterano Max Von Sydow (bom que o Bergman morreu antes de ver o seu cavaleiro medieval metido em comédias estúpidas) e do renomado diretor Roman Polanski.
Mas por favor, não perca seu tempo, paciência e dinheiro.
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